quinta-feira , 19 junho 2025

Caso Letycia: Delegada relata que suspeito pode ter mudado rotina para forjar álibi

A delegada titular da 134ª DP (Centro), Natália Patrão,  que está a frente da investigação da morte da grávida Letycia Peixoto Fonseca e do filho que ela esperava, Hugo, divulgou novas informações a respeito do crime que chocou o estado do Rio de Janeiro. Natália divulgou no Instagram da delegacia, uma sequência de stories contando parte da investigação. Ela solicitou junto ao IFF, a folha de ponto do professor Diogo Viola de Nadai, suspeito de ser o mandante do crime. A delegada relatou, que segundo os dados de frequencia do professor, desde 2022, na semana do crime, o professor registrou presença durante três dias consecutivos, inclusive num dia em que ele não dava aulas na instituição, comportamento diferente do que ele vinha tendo, quando faltava sistematicamente ao trabalho.

Na terça-feira que antecedeu o crime, o professor chegou ao IFF pouco depois das 11h da manhã, quando suas aulas só começariam após as 16h. Ele não justificou o horário estendido para sua chefia. Na quarta-feira, véspera do crime, ele entrou às 15h57 e saiu às 19h06, sedo que não era dia dele estar presente na universidade. “No dia do crime, dia 2, quinta-feira, a aula começaria as 16h10 e terminaria às 22h40. Ele chegou atrasado, de forma injustificada, às 17h29 e foi embora às 21h32. Em oitiva, de pessoas que estavam presentes na hora que ele foi embora, o relato é de que o suspeito, o mandante, não demonstrou abalo emocional nenhum, de tristeza, choro, nem nada. Ele mexeu no seu armário, pegou suas coisas e estava apenas apressado pra sair”,  contou a delegada.

“Nós temos notícia, relato nos autos, que esse crime estava tentando ser consumado dias antes da sua efetiva consumação, que foi na quinta-feira, dia 2. Há relatos que ele foi tentado na terça, tentado na quarta, e consumado na quinta. Isso é completamente compatível com a frequência do mandante à universidade. Exatamente na semana do crime, o suposto mandante adotou comportamento completamente atípico e não habitual, se comparado com toda sua frequência de acordo com o ponto biométrico de 2022. Isso faz inferir que exatamente na semana do crime pode ter havido por ele a intenção de estar presente na faculdade para criar um álibi para encorbertar a sua conduta e disfarçar “, completa Natália Patrão.