quarta-feira , 18 junho 2025

Sheik dos bitcoins é preso em nova operação da PF

O “chefe do Bitcoin” Francisley da Silva foi preso pela Polícia Federal em Curitiba (PR) na manhã desta quinta-feira (3) na esteira da Operação Poyas, que foi deflagrada em outubro passado uma filial.

Empresas como InterAg Group e Rental Coins estão sendo investigadas por criar pirâmides financeiras. Tudo começou depois que as autoridades dos EUA fizeram uma solicitação do Homeland Security Investigations (HSI) à Interpol, que encaminhou o caso para a Polícia Federal do Brasil.

Existem suspeitas de crimes contra pessoas de vários países causando milhões de dólares em danos.

Chefe do Bitcoin preso em nova operação da PF

Durante a primeira fase da Operação Boas, a PF apreendeu vários ativos do Bitcoin Chieftain, bloqueando carros de luxo, relógios de luxo e vários outros itens de valor durante o confisco. A suspeita é de que pelo menos 100 CNPJs, juntamente com diversos parceiros, tenham contribuído para o crime. A primeira fase da Operação Poyas foi em 6 de outubro de 2022.

Nesta quinta-feira, além da prisão do chefe do Bitcoin Francisli da Silva, outros dois mandados de busca e apreensão foram executados. O motivo da prisão do delegado pela PF foi que ele estava se encontrando com outras pessoas investigadas e funcionários de sua empresa, sugerindo à investigação que ele continuava com suas atividades criminosas mesmo após a suspensão de suas atividades de gestão empresarial.

“A partir de trabalhos policiais, foi possível identificar que o investigado, dias após a deflagração da operação policial, passou a realizar encontros frequentes, em sua residência em Curitiba, com funcionários de suas empresas. Uma das empregadas é a gerente financeira de seu grupo, ao passo que outro empregado identificado é o responsável pelo designer gráfico das plataformas virtuais criadas pelo investigado para prática das fraudes.”

Operação Bad Bots encontra elementos que ligam Chieftain à criação de um sistema de negociação falsa

Em março de 2022, a Operação Bad Bots suspendeu a venda de um falso robôs de negociação de criptomoedas vendido por um casal em Curitiba. Na época, eles foram pegos cometendo crimes de pirâmide financeira e, nos últimos dias, foram condenados a nove anos de prisão.

Na investigação realizada pela PF, tudo indicava que o software utilizado pelo casal condenado foi criado pela empresa do chefe do Bitcoin, ou seja, a integração da pirâmide financeira localizada em Curitiba.

Em nota, a PF justificou a prisão do chefe do Bitcoin porque as apostas eram altas para mantê-lo livre.

“Por conta disso, considerando a atualidade e periculosidade das ações do investigado, o qual, mesmo solto, continuou a criar e gerir plataformas virtuais usadas para promoção de esquemas de pirâmides financeiras, a prisão preventiva foi decretada pela Justiça Federal também para garantia da ordem pública e econômica, buscando-se, assim, o fim da atividade delitiva.”

As operações podem continuar em breve, visto que o crime praticado pelo Grupo InterAg segue sob apuração.