O crime que vitimou a gestante Letycia Peixoto Fonseca e o bebê que ela esperava ainda não teve o desfecho tão esperado pela sociedade, que é a identificação e punição de todos os envolvidos. A investigação tem se mostrado de grande complexidade, principalmente diante da falta de provas. Na tarde desta segunda-feira (06), o caso ganhou novos capítulos, com a prisão de mais dois suspeitos e com um novo depoimento do pai do bebê, que teria se negado a fornecer material genético para comprovar a paternidade da criança.
Os dois homens presos nesta tarde seriam o proprietário da motocicleta e o atirador. O proprietário da moto, disse que havia deixado o veículo na rua e que ele foi levado por alguém e depois disso não teve mais conhecimento do paradeiro do veículo. Já o possível atirador ficou em silêncio, acompanhado por sua advogada.
A delegada titular da 134ª DP (Centro), também informou, durante uma entrevista coletiva, que a esposa do companheiro de Letycia também foi ouvida e que afirmou que não tinha conhecimento da gravidez da vítima. Ela atualmente teria retomado o relacionamento com o marido e morava em Campos. A esposa não é considerada suspeita de envolvimento no crime.
Com relação ao exame de DNA, Natália informou que o material genético da criança foi recolhido no Instituto Médico Legal (IML), mas que não é possível obrigar o pai a fazer o exame. “Ele não é obrigado a fornecer provas contra si”, disse a delegada.
A delegada também informou que ainda não teve acesso aos dados tecnológicos que solicitou.
Também nesta segunda, a mãe de Letycia, que também foi baleada, prestou depoimento.
Questionada sobre o relacionamento da vítima com o pai do bebê, a delegada disse ter recebido informações que era bastante conturbado.
A delegada também foi perguntada sobre a possibilidade da vítima ter envolvimento amoroso com outra pessoa e respondeu que no momento não poderia abrir essa parte da investigação.
O crime
Letycia Peixoto Fonseca, de 31 anos, grávida de oito meses, foi assassinada a tiros. Ela estava chegando a casa, junto com a mãe, quando dois homens se aproximaram numa motocicleta e o carona efetuou os disparos, a queima-roupa.
Imagens de câmera de segurança registraram o momento do crime e mostram que desesperada, a mãe ainda correu para tentar pegar o atirador. Ela foi empurrada e baleada. O Corpo de Bombeiros foi acionado e as duas mulheres foram socorridas e levadas para o Hospital Ferreira Machado. Letícia já teria chegado ao hospital sem os sinais vitais. O bebê morreu no dia seguinte.