Na tarde desta quinta-feira (18), teve início a audiência de instrução e julgamento do caso Letycia Fonseca, na 1ª Vara Criminal de Campos. Presidida pelo juiz Adones Henrique Silva Ambrósio Vieira, a audiência para esclarecer os detalhes do crime que resultou na morte de Letycia, 31 anos, grávida de oito meses, ocorrido em 2 de março, na rua onde sua família residia. O bebê também faleceu horas depois no hospital. Diogo Viola de Nadai, pai da criança, foi denunciado como mandante do crime, juntamente com outros três homens.
Nesta fase inicial do julgamento, o juiz avalia as acusações contra os réus e, caso as aceite, o processo será encaminhado para julgamento no Tribunal do Júri. A audiência não foi concluída na quinta-feira, uma vez que há a previsão de pelo menos 50 testemunhas serem ouvidas. Uma nova data será determinada pelo juiz.
Os réus Diogo Viola de Nadai (mandante), Fabiano Conceição Silva (atirador) e Dayson dos Santos (condutor) estão atualmente sob prisão preventiva. João Gabriel Machado Leite, inicialmente investigado como intermediador, não foi acusado pelo Ministério Público de envolvimento no homicídio.
Durante os depoimentos, a mãe da vítima, Cintia Fonseca, foi a primeira testemunha a ser ouvida por volta das 13h40. Ela foi questionada pela promotoria sobre o relacionamento entre Letycia e Diogo. Cintia revelou que havia problemas e que a vítima reclamava que o réu dificultava o contato dela com seus próprios pais. A testemunha também mencionou que Letycia afirmava que Diogo estava separado de sua esposa. Cintia não conteve as lágrimas ao relatar o momento em que sua filha foi assassinada e como ela tentou socorrê-la.
Amigos e familiares afirmaram que o relacionamento entre Letycia e Diogo era conturbado, com frequentes desentendimentos. Várias testemunhas mencionaram que Diogo agiu com indiferença após o crime, além de ter informações sobre o ocorrido antes mesmo de falar com as pessoas presentes no local. Também foi mencionado que Diogo tinha dívidas e era dado a jogos de aposta.
Após o depoimento de Cintia, os réus adentraram a sala de audiência. A delegada responsável pela investigação, Natália Patrão, foi uma das testemunhas ouvidas, juntamente com policiais envolvidos no caso e outras pessoas que tiveram contato com os réus.
A esposa de Diogo, Erika Nadai, também prestou depoimento e admitiu ter mentido em seu primeiro relato à polícia, a pedido do marido. No entanto, ao tomar conhecimento da gravidade do caso, ela forneceu uma declaração verídica. Erika revelou que Diogo mentia sobre