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Opinião ConectaNF
Em entrevista concedida ao Jornal O Globo e publicado em página inteira na edição deste domingo (30), o presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, o deputado estadual Rodrigo Bacellar discute várias questões políticas importantes para o Estado, destacando suas prioridades para o segundo semestre, incluindo a votação de propostas do Executivo para a flexibilização de fundos estaduais e o projeto que garante aos parlamentares o direito de apresentar emendas impositivas.
Bacellar demonstra ser favorável às emendas impositivas, argumentando que é um direito dos parlamentares e uma forma de atender às bases eleitorais. Ele enfatiza que todos os 70 deputados, independentemente de estarem na oposição ou na base, devem ser contemplados.
Quanto à relação do Executivo com deputados estaduais e prefeitos, Bacellar reconhece que houve melhorias, mas sugere que o governador Cláudio Castro ainda precisa melhorar o atendimento aos aliados. Ele enfatiza a importância do governador ouvir mais a população e estar mais presente na realidade do estado.
O presidente da Alerj destaca a importância de não deixar o processo eleitoral interferir no governo e na administração. Ele adverte que o governador deve cumprir as entregas prometidas e evitar pensar muito à frente nas eleições de 2026, pois ainda há muitos problemas a serem resolvidos até lá.
Sobre o governo Cláudio Castro, Bacellar expressa confiança no potencial de sucesso, desde que o foco esteja em cuidar da população, realizar entregas reais e ser firme, direto e objetivo na administração.
Quanto às pautas prioritárias para o segundo semestre, Bacellar destaca a necessidade de reorganizar os fundos estaduais devido à queda de arrecadação, permitindo assim que o estado possa continuar investindo.
O presidente da Alerj também comenta sobre a troca de partido e a possibilidade de candidatura própria do União Brasil nas eleições municipais do ano seguinte, mencionando Rodrigo Amorim como um possível candidato a prefeito do Rio de Janeiro.
Bacellar acredita que a polarização política das eleições passadas ainda estará presente nas eleições de 2024, com a direita, em particular o campo mais alinhado a Bolsonaro, ainda sendo predominante no estado.
Por fim, Bacellar elogia o trabalho do prefeito Eduardo Paes, mas ressalta que ele precisa ouvir mais a classe política e não agir isoladamente em suas decisões.
Em geral, a entrevista mostra um político focado em questões orçamentárias, comprometido com as bases eleitorais e com uma visão pragmática sobre as alianças e desafios políticos do estado do Rio de Janeiro.