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A mais antiga livraria do Brasil, a Ao Livro Verde, encerrou suas atividades após uma batalha de meses para se manter aberta. Com 179 anos de história, a empresa sucumbiu a dificuldades financeiras, culminando no pedido de autofalência aceito pela 5ª Vara Cível da Comarca de Campos, em função de uma dívida de R$ 1.886.264,91.
Mesmo com a mobilização da campanha “SOS Ao Livro Verde”, que buscava apoio político e social para evitar o fechamento, a livraria não pôde ser salva. Um grupo diversificado, composto por escritores, jornalistas, historiadores, empresários, políticos e entusiastas da cultura, uniu esforços na tentativa de encontrar soluções para manter as portas abertas, porém, as adversidades se mostraram insuperáveis.
O pedido de autofalência revelou que o ativo total da empresa era de R$ 735.808,55, incluindo estoque, valores em caixa, conta bancária e recebíveis de cartão de crédito.
Durante esse período conturbado, manifestações como o “abraço simbólico” à livraria em junho e a proposta da Câmara de Vereadores em outubro para a desapropriação do imóvel visando a criação da Casa de Cultura Ao Livro Verde, evidenciam a tentativa da comunidade em preservar esse patrimônio histórico e cultural.
Fundada em 1844, a Ao Livro Verde não apenas resistiu ao tempo, mas também testemunhou os importantes marcos da história brasileira, desde os tempos do comércio marítimo até as mudanças republicanas. Reconhecida no Guiness Book como a livraria mais antiga em funcionamento no Brasil, o estabelecimento é considerado patrimônio histórico e cultural, com o prédio tombado pelo Conselho de Preservação do Patrimônio Histórico e Cultural de Campos (Coppam).