quinta-feira , 4 dezembro 2025

Famílias do MST ocupam fazenda em Campos e cobram avanços na Reforma Agrária

Cerca de 500 famílias ligadas ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ocuparam, na manhã desta quinta-feira (24), a Fazenda São Cristóvão, localizada nas proximidades do distrito de Travessão, em Campos dos Goytacazes. A propriedade pertence ao grupo Othon, responsável pelas usinas Cupim e Barcelos, e está em processo de negociação para fins de Reforma Agrária.

A ação faz parte da Jornada Nacional Camponesa, promovida pelo MST em diversas regiões do país em alusão ao 25 de julho. Com o lema “Para o Brasil alimentar, Reforma Agrária Popular!”, o movimento busca pressionar o Governo Federal para que avance nas políticas de acesso à terra, atualmente consideradas estagnadas pela organização.

Entre as pautas defendidas pelo movimento estão a criação de novos assentamentos, crédito para produção de alimentos, fortalecimento da educação no campo e ampliação de políticas públicas voltadas para famílias assentadas e acampadas.

O MST também critica o que chama de “contrarreforma agrária” — medidas que, segundo o movimento, favorecem a concentração de terras nas mãos de poucos e ameaçam territórios de comunidades tradicionais, quilombolas, indígenas e agricultores familiares.

Outra preocupação expressa é com a atuação do grupo Invasão Zero, que, de acordo com o MST, adota práticas de milícia rural para defender interesses do agronegócio e articula ações legislativas no Congresso Nacional que ameaçam os direitos de povos do campo.